sexta-feira, 27 de setembro de 2013

"Agradecer nunca vai ser suficiente"

As palavras me engoliram, me intimidaram. Não pude dizer pessoalmente tudo o que queria, embora as lágrimas e os olhares pudessem expressar coisa mínima do que eu pude sentir. Eis minha gratidão em forma de verbo... 

Não foi perfeito. Teve estresse, tensão e cansaço. 
Foram dias incomuns ainda que sem sair da normalidade.
Um giro pela cidade, ônibus perdidos, atrasos, cafés, várias idas ao aeroporto, chegadas, partidas, presentes, mensagens, parque aquático, protestos no litoral, aniversário surpresa, caminhadas longas, pôr do sol, musicas infernais que acabaram sendo xodó, sorrisos, muitas fotos, abraços apertados, emoção, recomeços, gratidão...
A cumplicidade e a capacidade dos que estavam ao meu redor de fazer as pequenas confusões se tornarem riso dentro de alguns minutos, foi a chave de ouro que fez desses dias, esses memoráveis dias. E justo por ser imperfeito, foi tão melhor quanto se fosse perfeito. Porque cada dificuldade, desentendimento ou perda de ideia fez desses últimos dias o que eles foram.
Hoje só me resta mesmo a saudade e a presença ausente reforçada dos que estiveram aqui me tomando da solidão. Nossas almas agora estão ligadas mais que antes. E só por ter tido esse resultado espiritual, cada momentinho ficou aqui especialmente guardado na lembrança e, ao coração, deu uma inexpressividade de gratidão quase tão imensa quanto a felicidade por ter vivido isso.


                                                                                                   - 8º fato sobre a vida.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

"Família não troco por nada, e nem por ninguém. São partes de mim, partes do meu ser. São pedaços do meu coração"

Estou receando escrever esse fato, mas não sei bem explicar o porquê. Talvez por eu ter uma história de vida muito louca em relação à isso, ou pelo fato de cada um ter sua visão particular sobre.
No mais, todo mundo fala e sabe que a família é a base de qualquer coisa.
Estranho é que mal sabemos nós que a família é nossa verdadeira identidade: todos os defeitos, as qualidades, a maneira de pensar, de agir, tudo é "culpa" da família.
Cada culpa com sua peculiaridade de se fazer ao mesmo tempo distinta e igual a todas as outras.
No meu caso, julgo minha família pela culpa de me fazer sonhadora, daquelas que acreditam que o mundo um dia seja cheio de Amor e compreensão. Julgo pela culpa da minha impontualidade; da minha consciência de saber que quando a gente almeja mudança, ela começa de nós mesmo; de saber também que o outro é um você, basta você dispor a se colocar diante dele e ver a coisa toda de um outro ângulo. Julgo pela culpa de me fazer mais de uma, tentando estar presente em tudo e com todos. Julgo pela culpa da minha loucura, que me deixa impulsiva, retardada, sem graça, mas feliz. Pela culpa de apreciar tanto o Amor e todos os sentimentos derivados ou interligados à ele. Pela culpa de me fazer apaixonada pela simpleza e tudo o que ela gera. Por N coisas, fatores ou sentimentos.
E vocês, que agora estão a ler-me, mais que eu, sabem das culpas que hoje os tornam quem os são. Independente de serem agradáveis ou desagradáveis. Elas são você.
É incontestável a importância da família pra cada ser que integra a ela (e, infelizmente, alguns não tem essa pontual consciência). Mas, na verdade, a construção, o convívio e a estrutura da família é a nossa essência verdadeira, toda ela. Pura e singular.

                                                                                               - 7º fato sobre a vida.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

"Nada do que é feito por amor é pequeno"

Coisa boa é fazer algo pra alguém, esse alguém reconhecer o que você fez e te retribuir. Claro que, com algumas pessoas custa o reconhecimento. Pode demorar dias, anos, décadas. Mas até aí, o que não vale é desistir. Não há nada mais gratificante do que se sentir amado. O problema é que as pessoas querem somente e só ser amados. Mas e dar amor?
Nunca o que você der vai ser suficiente, não existe uma medida certa e limitada pra amar. Se você desiste, cansa de não receber nada em troca, não aprendeu nada sobre amor. Porque amor é isso, dar tudo à todos sem esperar nada em troca.
Não custa muito... O esforço de sorrir pra alguém quando não se tem vontade é uma forma de amor. Se colocar à disposição mesmo não tendo tamanha disponibilidade... Tudo é amor!
Conto a vocês... Há alguns dias fui de ônibus à um show. Quando entrei e passei pelo trocador ele me desejou boa noite, e eu como a maioria que passou por ele, nem respondi e olhei somente de relance, sem prestar atenção nenhuma. Me sentei numa cadeira que ficava ao lado dele, e durante o percurso fiquei notando o seu comportamento: ele dava boa noite pra todos que entravam no ônibus, sorria e olhava firme pra pessoa. Achei de uma grandeza imensurável esses poucos gestos que, por mais que pequenos, fazem muita diferença. Senti uma felicidade inominável e depois, arrependimento; pois tive a oportunidade de retribuir e não aproveitei.
Refleti então por ter mais atenção nas coisas pequenas, sem deixar de lado também as grandes, afinal é responsabilidade nossa saber a hora certa de reconhecer e retribuir cada gesto de amor.


                                                                                         - 6º fato sobre a vida.