O tempo que tem a função de curar, fez foi me abrir uma ferida que, na verdade, já me era prevista pelo medo. O medo que por tempos me atormentou e agora, me engoliu. E a ferida nova chamada Inércia, pois não há nada que eu possa fazer pra mudar o castigo do tempo, me corrói pouco a pouco. Pouco que é muito, que é mais sofrível do que se as coisas fossem ligeiras.
E eis-me aqui para escrever sobre uma dor de minha vida, a qual assisto sem poder reagir.
A vida nos submete a sofrimentos e nos requer desapego. E, nesse momento, meu estado de dor me paralisa quando eu quero não sofrer. A dor me venceu. Perdi. Morre vida e viva a morte!
14º fato sobre a vida.
Nem sempre o tempo cura tudo, sobretudo quando temos a tendência de tirar a casca da ferida e sofrer ainda mais.
ResponderExcluirA vida dá muitas voltas, mas vale a pena vivê-la porque não acontecem só tempestades. Por vezes temos é que ser nós a pintar o arco-íris
Beijinhos*
Que lindo seu comentário, Andreia! Obrigada pelas palavras (:
ExcluirEu lembrei de um carinha que falava da impossibilidade de se evitar a dor. Em contrapartida ele colocava que o sofrimento é opcional. Eu lembro que ele dizia que a vida era dor e que a dor era filha do desejo de evitá-la. Depois continuaram desdobrando isso e inventaram o budismo.
ResponderExcluirSimples e complicado dependendo de como se vê. O tempo carrega de brinde as memórias que são por vezes dádiva e quase sempre uma maldição. Aí vem a idéia de tentar esquecer, mas só o fato de tentar esquecer já é lembrar. E o que se faz com essas histórias? (Se eu tivesse a resposta eu vendia e se tivesse receita eu cobrava por ela).
Não sei, por hora, eu vejo que contar histórias vindouras ou mesmo as passadas é um paliativo, que às vezes vai ficando, ficando e vira quase algo constante.