sexta-feira, 30 de agosto de 2013

"Quem planta árvores, cria raízes. Quem cultiva amizades, também"

Coisas ruins a gente não considera novidade. Então, partindo desse princípio de que novidade é algo bom, me diz você! Não é assustadoramente bom se reconhecer no outro?
Não sei vocês, eu penso a amizade como a arte mais complicada e inalcançável de perfeição, o sentimento mais precioso da vida. Aí alguém levanta a mão e pergunta: "E o amor?". Não sei exatamente, mas pra mim, tá tudo interligado de algum jeito. Poderia dizer que Amor e Amizade são como irmãos siameses. Dois sentimentos em uma só questão, duas questões com o mesmo sentimento.
De forma antagônica, consegue ser sutil e resoluto ao mesmo tempo.
E todo esse mistério de bater o olho em alguém e sentir na atmosfera uma simpatia irreconhecível com quem você nunca trocou palavra, ou de outro modo, sentir nas palavras essa mesma simpatia sem nunca bater de olho com esse alguém, é uma sensação deliciosa de estranheza!
Mais inquieto ainda é quando a árvore tá no seu início de vida e já mostra suas folhas idênticas, como o elo dessa pequena criação. Creio eu que as raízes custam a crescer porque as diferenças são mais difíceis a se adaptar. E quando a gente se adapta, de verdade, aí não tem mais volta, a raiz finca e é pro resto da vida.
Há pessoas que com uma simples ventania prefere cortar o tronco logo de uma vez... Acho um absurdo. Depois a chuva e a luz do sol vem e conserta tudo, fortifica e frutifica.
Não é à toa que desmatamento é crime.


                                                                                      - 5º fato sobre a vida.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

"Deve haver alguma coisa que ainda te emocione"

Abraço. Calmaria. Boa companhia. Colo. Visita. Lembrança. Canção. Surpresa. Comida boa. Passeio. Bom livro. Bagunça. Cumplicidade. Dia em família. Sms saudoso. Carta. Presente. Foto. Viajar. Companheiro. Gente pequena com gente menor ainda. Voltar a ser criança. Simpleza. Gestos. Amigo da vida inteira. Compartir. Lugar. Reencontros. Bom show. Cantar. Soneca. Festa. Jogo. Acampamento. Elo. Cartão postal. Férias. Carinho. Cheiro de chuva. Mico. Amigos. Nota boa. Sushi. Praia. Desmantelo. Alento. Poesia. Flores. Momentos inexplicáveis. Madrugar. Romper fronteiras. Quadrinhos. Xodó. Gente que faz a gente mais feliz. Diferenças. Encenar. Amor. Pôr do sol. Doidice. Liseira. Regionalismo. Arte. Cuidar. Ideal. Frio. Aventura. Poema. Lua cheia. Gente que é irmã por escolha. Compor. Chaves. Chapolin. Chocolate. Boa conversa. Conhecer. Desenhar. Pintura. Saudade. Sorrisos. Eternidade. Gente que é ridícula com você. Chamada no skype. Ombro amigo. Ler. Xarás. Preguiçar. Mãe. Gente que acredita num mundo melhor. Uma ligação. Artista preferido. Cheiro. Sair. Improviso. Sonho. Presentear. Apostar corrida com os amigos. Pelúcia. Felicitações. Elogio. Gratidão. Bilhete. Favor. Sorte. Riso frouxo. Compaixão. Fraternidade. Seriado. Maresia. Campo. Violão. Mochilada. Olhares que conversam. Céu estrelado. Desejos. Gente que tá perto ainda que tão longe. Casa da vó. Luau. Caminhada na beira do mar. Nascer do sol. Cheiro de neném. Proteção.


                                                                               - 4º fato sobre a vida.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

"O fim de uma etapa é um novo começo de nós mesmos"

Esse fato é tão fato que não se faz necessário mais nenhuma palavra minha ou de outra pessoa.
Mas, não há nada mais curioso do que se redescobrir no meio do novo. Nada mais que o novo pra te deixar com medo. Nada mais novo do que a incerteza do labirinto cheio de mistérios. 
E se por um lado o curioso é aguçado, por outro a melancolia te invade.
Penso que um dos maiores defeitos dos seres humanos é achar a vida um nada e viver de qualquer jeito. Mal sabemos nós o quão importante é cada segundo perdido, cada ato. O quanto é fundamental vivê-los bem.
E, infelizmente, a gente só se dá conta disso quando chega ao final. Aí a melancolia vem que nem temporal, trazendo os ventos fortes do arrependimento.
Mas, ao mesmo tempo, traz a chuva pra lavar a alma e te lembrar o quanto, apesar do erro, valeu a pena.
                                                                              
                                                                                                     - 3º fato sobre a vida.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

"Quem canta seus males espanta"

Aquele que nunca ouviu esse dito que seja julgado como extra-terrestre!
Nunca parei pra pensar essa frase (talvez por ser tão comum no dia a dia). Geralmente dizem que quando a vida tá boa demais, o canto surge naturalmente. Quando a situação já é um pouco desgostosa, o canto surge para te afundar mais ainda nesse sentimento.
Eis que então, penso na tristeza que deve ser a realidade dos mudos ou surdos…
O ato de cantar é tão natural quanto respirar. Isso te acompanha toda a vida, pelo dia inteiro. E, ainda assim, nunca raciocinamos a chegar a conclusão de que cantar é um dos melhores remédios da vida. Tanto quanto o próprio choro ou um ombro amigo.
Pra alguns, cantar é dom. Pra outros, também é dom, mas um dom peculiar, daqueles de temperar a vida de acordo com o que ela oferece, sem saber ou se importar se o tom está desafinado ou a nota incerta.
Mas, de fato, vejamos bem como é verídico esse ditado... O canto, talvez mais do que o próprio ato da escrita, é revelador na expressão do estado da sua essência. E, ao mesmo tempo, libertador.
Que atire a primeira pedra quem nunca se emocionou (seja de tristeza ou alegria) cantando uma música; quem nunca sentiu a alma leve, como se estivesse lavada e exposta no varal, quando ouviu uma canção que te entendeu; quem nunca sentiu uma enxurrada de arrepios tão involuntários e descontrolados por escutar e se ver exclusivamente cantado na música do seu artista preferido; quem nunca, depois de cantar, sentiu o alívio da dor ou alegria de poder colocar sua voz pra fora como se o mundo estivesse ouvindo; quem nunca espantou seus
 males ou expandiu a alegria pelo simples ato de cantar... Quem nunca?                               
                                                                                  
                                                                                  - 2º fato sobre a vida.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

"Saudade é não saber"

De fato, como em todos os temas distintos possíveis, somos meros seres humanos ignorantes. Logo, por que aconteceria diferente com a Saudade?
Saudade que é hoje amiga próxima e companheira fiel, senão mesmo, um clichê na vida de muita gente. E eu, como todos os outros tantos, além de ignorante, sou suspeita por tentar entendê-la ou descrevê-la.
Quem dirá que o amor é possível medir? Não dá, imensurável! Assim como a saudade. Mas como achar um jeito de defini-la?
No dicionário: "sentimento melancólico causado pela ausência ou pelo desaparecimento de pessoas ou coisas a que se estava afetivamente muito ligado, pelo afastamento de um lugar ou de uma época, ou pela privação de experiências agradáveis vividas anteriormente".
De acordo com Fagner: "Saudade a gente não explica."
Ana Carolina canta: "Saudade mata a gente, menina!"
Já Moska, diz: "Saudade, eterno filme em cartaz."
Eu, entretanto, afirmo que saudade é que nem o céu: infindo, cheio de estrelas, e inconstante. Pois não sabe decidir se é claro ou escuro. E, de fato, saudade não é só a dor da falta, como também a delícia das boas lembranças. De maneiras distintas, consegue dar um tiro no coração ou arrancar um sorriso sincero.
Porém, com todos os pontinhos de interrogação e reticências sobre o assunto, continuo insistindo a explicação ou a origem de tanta lembrança, tanta necessidade, tanto sentimento, tanta imensidão e de até mesmo uma pequenininha explicação de não haver explicação.
Mas, no final, ainda com conceitos e opiniões, dúvidas ou certezas, chego sempre na mesma tranca: Saudade é não saber… E, convenhamos, no fundo, disso, a gente sabe.
                                                                                                          
                                                                                                       — 

1º fato sobre a vida.