sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

"Não se decide amar e nem a quem"

O que eu pensei se estender pelo tempo, virou amor de verão... Duas pessoas carentes que talvez até se gostassem, mas sobretudo, se queriam! Viveram uma paixão linda, cheia de cumplicidade, ternura e alegria por cada vez se conhecerem mais e se quererem mais. Foram alguns meses com as vidas sendo compartilhadas, os sonhos, os planos futuros e até mesmo as promessas.

Ela era linda, parecia uma criança, cheia de dengo! Sabia a hora e as palavras certas pra dizer. Jogava com a música, com a poesia. Com esse jeito todo romântico, bonito e mágico, me ganhou. Era decidida e expressava tudo sem medo. Tinha suas responsabilidades, mas era a música que lhe fazia escrava. Escrava pois ela e a música não se libertavam uma da outra. Uma escravidão prazerosa, diga-se de passagem. E ela corria, ia longe, percorria quilômetros atrás desse sonho de mostrar sua música.
Eu, pelo contrário, era indeciso e medroso. Não sabia se me entregava a ela. Não sabia se deveria me permitir viver essa aventura. Era mais novo, tinha minhas incertezas pelo futuro. Tinha medo. Do futuro e disso que eu tinha com ela, que até hoje não sei nominar. Não sabia claramente quais eram meus sonhos e pelo que lutar cada dia.
Nós conversávamos por horas, sobre tudo. A madrugada era a nosso favor e nos unia como nada mais fazia. Nem mesmo a música, que era o braço direito dela e o pedaço da minha alma, soube nos juntar tão bem.
Apesar do gosto comum pela arte, nem falávamos muito sobre isso. Cada um tinha lá o seu certo ciúme por tudo que apreciava (risos). Mas nunca pudemos evitar trocar músicas que, no momento, era a descrição sentimental ou física de cada um.
Nessa convivência e troca direta de sentimentos indiretos, eu me apaixonei por ela. Nos prometemos futuros, nos declaramos! Mergulhei nesse amor que eu sentia e por dias, fui muito feliz.
Fui porque foi. Já não mais é. O passado veio à tona e ela, talvez por esperteza, escolheu outro. Um ex-amor... Talvez ele fosse mais maduro, por ser mais velho que eu. Talvez fosse mais bonito, mais interessante. Talvez ela o amasse mais. Apesar de ter dito e demonstrado que gostava de mim.

O que eu pensei se estender pelo tempo, virou amor de verão! Duas pessoas carentes que talvez até se gostassem, mas sobretudo, se queriam! Viveram uma paixão linda, cheia de cumplicidade, ternura e alegria por cada vez se conhecerem mais e se quererem mais. Foram alguns meses com as vidas sendo compartilhadas, os sonhos, os planos futuros e até mesmo as promessas... Mas acabou. Ela se foi, e feliz! Já eu... Bem, eu escrevo. Tento externar o que é se jogar por amor e ter alguém lá em baixo que vai te pegar, mas três segundos antes disso, sai e fica só olhando você cair. Tento externar o que é continuar no chão enquanto a outra pessoa finge que nada aconteceu.
Mais uma vez levo fraturas de um amor que não foi amor, senão de minha parte. Mas, no coração não se manda! A gente amolece, cai, levanta, endurece, amolece... Sempre assim, nesse ciclo. E a vida segue. Cabeça levantada, bola pra frente! Coração pra frente!


                                                                                - 17º fato sobre a vida.

Um comentário:

  1. "... é um estar se preso por vontade..."

    Dos amores e paixões a música é a mais promíscua e a mais fiel.
    Não te cobra nada além de presença e te recebe do jeito que você é.
    Os outros amores são figurantes...

    ouvi dizer que eram.

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